segunda-feira, 27 de abril de 2009

Historia do Distrito de Sucesso

No inicio dos anos 1870, Pinheiro, primeiro nome de Sucesso, pertencia à região de Príncipe Imperial, hoje Crateús, da província do Piauí, sendo anexado às terras do Ceará por ocasião do acordo pelo qual o estado entregava ao Piauí a faixa litorânea de Armação.
Atual Luiz Correia, e recebia a faixa compreendida pela região do Príncipe Imperial, em 22 de dezembro de 1880. Em 1824, os primeiros proprietários de terras situadas nas imediações do rio Pinheiro foram Silvestre Rodrigues Veras, Ana Ferreira Matos, sua esposa, e Manoel Martins Veras, todos de origem portuguesa. Em 1º de Janeiro de 1912, foi inaugurada da estação ferroviária, recebendo o nome de Pinheiro, escolhido pelo o engenheiro João Tomé, responsável pela construção da ferrovia Ipú-Crateús, para homenagear o rio Pinheiro.
A capela de Nossa Senhora do Bom Parto teve sua construção iniciada em 1916, e o padre José de Lima celebrou a primeira missa no dia 06 de janeiro de 1917, consagrando como padroeira de Pinheiro a santa protetora das mulheres gestantes. Pertencente ao território do município de Tamboril, a localidade passou a chamar-se de Sucesso, e em 1933 foi elevada a categoria de distrito. Pode-se afirmar que a localidade de Sucesso nasceu e se desenvolveu sob as influências da estação ferroviária, situada no ponto mais alto da via férrea - estrada de Ferro Linha Norte do Estado - ligando Camocim a Crateús e do entroncamento rodoviário estadual 9rodovias CE - 187/403, CE - 266, CE - 333 e CE - 265), possuindo localização privilegiada, visto que se localiza no ponto eqüidistante das sedes dos municípios de Tamboril, Crateús, Nova Russas e Ipaporanga.
A estação ferroviária impulsionou o crescimento econômico da localidade: por ali embarcavam-se couro, algodão e gado, e desembarcavam-se sal, tecidos e outras mercadorias importadas pelo porto do Camocim. Durante décadas a pecuária bovina e a cultura do algodão foram a base de sustentação da economia local. Ao longo de vários anos, a estação foi o grande atrativo da comunidade: ali as pessoas se encontravam nas tardes de Domingo para esperar o trem que vinha de Camocim. O convívio com a estação propiciou à comunidade condições para tornar-se receptiva e hospitaleira. Fato marcante na história de sucesso é a passagem do segundo destacamento da Coluna Prestes, em 1926, quando esta se encontrava em marcha para Crateús.
Assustada, a população fugiu, enquanto os revoltosos inutilizavam o aparelho de telégrafo da estação, impedindo a comunicação com o governo. Segundo o padre Gregório Oliveira, "nas fazendas onde passavam, pediam comida e montaria. Sem incidentes, nem tropeços, o batalhão marchou seguindo os trilhos de via férrea, e, quase ao anoitecer, acampou na Fazenda pastos, a 7 Km de Crateús". O declínio da cultura do algodão e a falta de tecnologias agropecuárias alternativas, aliadas à política de desenvolvimento econômico do governo, a qual priorizou os investimentos no setor industrial, nas regiões do semi-árido nordestino. Além das questões conjunturais, Sucesso sofreu impactos negativos com a desativação da estação ferroviária no inicio da década de 1980.

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